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Exposição recria o ambiente da residência da família Americano para celebrar o design modernista dos

Exposição recria o ambiente da residência da família Americano para celebrar o design modernista dos

Publicado em: 31/08/2025

{"time":1758026668941,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"No dia 31 de agosto, a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano inaugurou a exposição <i>Um design brasileiro nos anos 1950: linhas de uma casa modernista</i>. Com curadoria de Celso Lima, a mostra busca recriar o ambiente modernista da residência de Maria Luisa e Oscar Americano e sua família, destacando um aspecto ainda pouco valorizado pela historiografia do design: o têxtil."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"A curadoria de Celso Lima propõe revisitar um recorte da arquitetura e do design modernistas brasileiros, tendo como eixo central a residência projetada por Oswaldo Bratke, cujo conjunto arquitetônico se completa com o paisagismo de Otávio Augusto Teixeira Mendes e com as obras distribuídas pelo parque — como o mural de Karl Plattner, as esculturas de Karoly Pichler e Emanuel Manasse, e os pisos em mosaico em pedras portuguesas de Livio Abramo —, todos harmoniosamente integrados ao verde da Mata Atlântica que envolve o espaço."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Para essa reconstrução, a mostra apresenta o projeto de design de interiores concebido pelo estúdio/loja Branco&amp;Preto, fundado em 1952 por um coletivo de seis jovens arquitetos: Carlos Millan, Roberto Aflalo, Miguel Forte, Jacob Ruchti, Plinio Croce e Chen Y Hwa."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Para além do projeto da casa de Oswaldo Bratke, a exposição dá protagonismo às propostas realizadas para os interiores da casa pelo coletivo Branco&amp;Preto, que criou mobiliários e ambientação, assim como aos tecidos utilizados nas forrações das peças, cortinas e acessórios, como almofadas e colchas, cujas padronagens foram desenhadas por Irene Ruchti e Fayga Ostrowe."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"A colaboração desses profissionais no projeto da casa da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano exemplifica de forma marcante os caminhos que o modernismo imprimiu à arquitetura e ao design brasileiros no pós-guerra. As influências construtivistas europeias, ao chegarem ao país, foram reinterpretadas e adaptadas, ganhando variações moldadas por regionalidades e contextos tipicamente brasileiros. "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"As diferenças são facilmente percebidas na ambientação criada pelo Branco&amp;Preto, que privilegia espaços arejados, adequados às características climáticas e culturais do Brasil. Também se destacam os materiais utilizados, como as madeiras brasileiras no mobiliário, e as temáticas desenvolvidas pelos designers em padrões têxteis de linguagem xilográfica, que evocam nossa flora, culinária, dança e aspectos geográficos. Esses elementos dialogam com os geométricos listrados, compondo o cenário de uma casa moderna para uma família da elite paulistana nos anos 1950."}},{"type":"Header","data":{"text":"O que o público encontra na mostra","level":2}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Telas de Portinari e Di Cavalcanti, pertencentes ao acervo da família, compõem a parede dedicada à representação da pintura modernista do período. Ao lado delas, o biombo criado pela designer têxtil e tecelã Regina Gomide Graz, cedido pela Coleção Yvani e Jorge Yunes, evidencia as origens e os caminhos da arte e do design no Brasil entre as décadas de 1930 e 1950. Esses elementos funcionam como condutores temporais no projeto expográfico concebido pelo arquiteto Marco Antônio Sousa Silva."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Estarão em exibição duas poltronas M1, parte do mobiliário original da casa, criado em 1955 pelo Branco&amp;Preto. Ícones do design da década, essas poltronas foram especialmente recriadas para a exposição pela Etel Design, a partir do projeto original. Um mostruário de cores em sedas complementa a ambientação, resgatando o repertório cromático do grupo."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Irene Ruchti, parceira e esposa de um dos arquitetos do Branco&amp;Preto e ex-aluna do Instituto de Arte Contemporânea do MASP (IAC/MASP), atuou como paisagista e designer têxtil. A mostra resgata parte das padronagens que criou para o estúdio, incluindo as icônicas estampas listradas, marca registrada das forrações e acessórios têxteis utilizados nos projetos do estúdio."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"No caso da designer polonesa Fayga Ostrower, a curadoria optou por apresentar refações de trechos selecionados dos padrões desenvolvidos entre 1952 e 1955, que integraram o mostruário produzido por ela no período. Estampados sobre algodão, esses padrões foram recriados seguindo fielmente as mesmas paletas de cores originais, aplicadas em serigrafias sobre o tecido."}},{"type":"Header","data":{"text":"Sobre a curadoria","level":2}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Celso Lima é artista plástico, designer de superfícies e pesquisador de técnicas de estamparia africanas e asiáticas. Com trabalhos publicados nas revistas <i>Casa Vogue, Casa Claudia</i> e<i> Casa &amp; Jardim</i>, desenvolve estampas artesanais e digitais, murais têxteis e oficinas no SESC-SP. Foi co-curador da exposição <i>Vkhutemas: O Futuro em Construção</i> e é coautor do livro <i>Vkhutemas: Desenho de uma Revolução</i> (2021). Estuda cultura material africana, biografias de artistas e a influência da Bauhaus e do construtivismo russo no design contemporâneo."}}],"version":"2.18.0"}

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