CINEMA BRASILEIRO
um olhar historiográfico

Como o cinema brasileiro chegou ao seu estágio atual de reconhecimento, recompensas e atenção por parte do público? Em paralelo aos tradicionais eventos musicais e literários, em 2025 a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano se dedica igualmente à reflexão sobre o cinema.
A série acompanha o perfil historiográfico da FMLOA, retornando às origens da produção cinematográfica do país. Por isso, é fundamental entender como as primeiras obras de nossa cinematografia são preservadas e restauradas, em debate com Débora Butruce, uma das maiores especialistas neste tema em todo o país (dia 18 de maio).
A conexão com a Cinemateca Brasileira se torna uma evidência: para além do restauro, de que maneira a maior instituição do gênero na América Latina mantém vivo o cinema brasileiro, e quais desafios ela encontra? Rodrigo Mercês, gerente do Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca, comenta a importância das exibições e da biblioteca, além das estratégias para aproximar o público do acervo (dia 8 de junho).
Saltando algumas décadas, Ana Carolina Moura Delfim Maciel, historiadora e pesquisadora em imagens da História no cinema brasileiro, se volta especificamente à representação do Império no cinema — no mesmo ano em que a Fundação homenageia os 200 anos de d.Pedro II. Quais liberdades foram tomadas pelos filmes em relação aos fatos? (7 de setembro)
Por fim, Gabriel Carneiro, doutor em história do cinema brasileiro, discute como o cinema das nossas principais vanguardas (Cinema Novo, Cinema Marginal) e dos movimentos “dissidentes” (a produção da Boca do Lixo) moldaram a cinematografia nacional do século XXI (dia 5 de outubro). Quais práticas persistem, e quais foram abandonadas? Quais os novos discursos do cinema brasileiro?
Através deste olhar panorâmico, a Fundação Maria Luísa e Oscar Americano demonstra seu interesse pelo cinema enquanto cultura, memória, e representação da nossa realidade. O rápido percurso panorâmico, em quatro conversas com o público, serve como porta de entrada para estreitar relações com a sétima arte e plantar sementes visando cruzamentos futuros com as manifestações artísticas tradicionalmente contempladas pela instituição.