

CHÁ COM A
ACADEMIA
PAULISTA
DE LETRAS
PALESTRA SEGUIDA DE CHÁ
quinta-feira
15h às17h30
CONVERSAS SOBRE SÃO PAULO NA
FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR AMERICANO
CURADORIA MARY DEL PRIORE
Quarto Encontro com Membros da Academia Paulista de Letras




JÚLIO MEDAGLIA nasceu em São Paulo, diplomou-se em regência sinfônica na Alemanha e fez curso de alta interpretação com Sir John Barbirolli, de quem foi assistente. Viveu na Alemanha por mais de 10 anos, atuando na rádio e na TV e regendo algumas das mais importantes orquestras, inclusive a Filarmonia de Berlim. Além de sua atividade como maestro, compôs mais de uma centena de trilhas sonoras tendo trabalhado com nossos maiores diretores de teatro, cinema e televisão. É autor do arranjo original da música Tropicália de Caetano Veloso que deu origem ao Tropicalismo. Foi membro do Conselho Cultural da USP e é membro da União Brasileira de Escritores. Produziu vários espetáculos cênico-musicais para grande público, alguns para mais de 100.000 pessoas. Foi diretor do Instituto Estadual de Comunicação do Rio, da Rádio Roquette Pinto, supervisor musical da Rede Globo, regente da Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, diretor artístico de Teatro Municipal do Rio de Janeiro, diretor do Festival de Inverno de Campos do Jordão, diretor da Universidade Livre de Música, diretor artístico do Centro Cultural São Paulo, regente titular da Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, diretor artístico do Teatro São Pedro de São Paulo, diretor musical da Orquestra e do programa Prelúdio da TV Cultura. Apresenta o programa Fim de Tarde na Rádio Cultura FM/SP. Membro honorário da Academia Nacional de Música, recebeu a Grã-cruz da Ordem do Mérito Cultural. Ensaísta, com mais de 500 artigos, ensaios, crônicas e traduções publicados, editou também os livros Música Impopular (Global), Música, Maestro! (Globolivros), O Jazz (tradução, Perspectiva), Música em ação (Ludo) e a Biografia da soprano e professora Neyde Thomas. Ocupa a cadeira de número 3 da Academia Paulista de Letras.
JOÃO CARLOS MARTINS, pianista e maestro brasileiro, é considerado um dos maiores intérpretes de Bach. Nasceu em São Paulo e com oito anos começou a estudar piano no Liceu Pasteur. Na adolescência, já tinha fama mundial como um inventivo intérprete de Bach. Com 21 anos, fez sua estreia no Carnegie Hall, com lotação esgotada. Tocou com grandes orquestras americanas e gravou a obra completa de Bach, para piano. Em 1966, jogando futebol no Central Park, em Nova York, caiu sobre uma pedra e machucou o nervo ulnar, provocando atrofia em três dedos. Em 1970, com o problema agravado, abandonou o piano. De volta ao Brasil, tornou-se empresário esportivo. Patrocinou a reconquista do título mundial de Eder Jofre. Oito anos depois, com intensa fisioterapia, estava de volta ao piano. Em 1985, outro problema na mão direita o fez parar mais uma vez, só retornando aos palcos em 1993. Dois anos mais tarde, em Sófia, na Bulgária, recebeu uma pancada na cabeça que afetou a outra mão. Com operações e fisioterapia, tocou até 2002, quando, com dores insuportáveis, interrompeu a carreira. Depois de 20 cirurgias para tentar recuperar o movimento das mãos e seis interrupções na carreira, problemas neurológicos o levaram a abandonar o piano e se dedicar à regência. Apresentou-se então em Londres, Paris e Bruxelas como regente convidado e criou a Filarmônica Bachiana SESI-SP que se apresentou no Carnegie Hall. Em 10 de junho de 2014, recebeu o título de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em Portugal. Em agosto de 2017 foi lançado o filme João, o Maestro, dirigido por Mauro Lima. Em 2020, voltou a tocar com as duas mãos com a ajuda de uma luva biônica graças a um projeto desenvolvido pelo designer industrial Ubiratan Bizarro Costa, em Sumaré.
